segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

TV: entretenimento ou cultura?

A esmagadora maioria da população brasileira tem acesso à televisão aberta. Novelas, programas policiais, humorísticos dentre outros fazem a alegria do povo. Muitas vezes podemos notar que a qualidade não é uma das marcas registradas na programação da televisão aberta brasileira.

As novelas cumprem um papel de entreter as pessoas, mas muitas vezes passando valores que não contribuem com o crescimento intelectual das pessoas que a assistem. No final o mocinho sempre fica com a mocinha. Os vilões ensinam que se deve fazer de tudo, principalmente matar para que sejam alcançados seus objetivos na vida.

Sem falar no apelo sexual que hoje está presente em quase tudo. Afinal, isso é que dá audiência. Vamos dar ao povo o que eles querem.

Não quero e não estou criticando as pessoas que assistem, que produzem ou que escrevem novelas. Apenas quero mostrar minha opinião sobre o tema.

Não é apenas nas novelas que percebemos um baixo nível cultural. Vemos também nos programas policiais que só mostram violência e a “realidade nua e crua” como eles gostam de falar. Claro, desgraça dá ibope.

Infelizmente hoje ou temos entretenimento ou cultura. Isso mesmo ou, enquanto o ideal seria entretenimento e cultura. Ao invés do “ou” o “e”.

Destaco esses dois itens muito assistidos da TV do Brasil pois são os exemplos clássicos do empobrecimento cultural da população brasileira. As emissoras de televisão deveriam, por força de lei, apresentar programas culturais procurando enriquecer os seus telespectadores de conhecimento e informações relevantes.

Não sou um crítico da TV. Não critico quem assiste, já que eu também assisto bastante. Quero apenas aqui enfatizar minha preocupação com a falta de cultura que atormenta nossa sociedade.

Outro fato que me chama atenção são os ídolos das novas gerações. Enquanto a nossa geração e gerações anteriores se despertavam com Cazuza e Chico Buarque, os ídolos modernos são Restart e o Fiuk.

Não quero, repito, ser chato, velho, desatualizado, crítico, ou sei lá o que me chamem, mas fica difícil Né? Vamos comparar um pouco as letras, o estilo musical, as mensagens que são passadas e veremos uma diferença absurda entre os estilos. Não acho que seja “errado” ouvir a Restart, mas não dá para crescer achando que eles são os fodões enquanto o Brasil enfrenta problemas sociais, políticos e até mesmo econômicos.

"Num tempo página infeliz da nossa história,

passagem desbotada na memória

Das nossas novas gerações

Dormia a nossa pátria mãe tão distraída

sem perceber que era subtraída

Em tenebrosas transações

Seus filhos erravam cegos pelo continente,

levavam pedras feito penitentes

Erguendo estranhas catedrais..."


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