É engraçado demais, mas hoje mesmo estive pensando, e me lembrando, de coisas que pensava quando era menor. Eu, como toda a criança, pelo menos as que eu conheci, só queriam saber de correr, brincar, sorrir e fazer bagunça.
O mais engraçado é o descomprometimento com o futuro. Você não quer saber o que vem depois, você não quer saber o que vem amanhã. Você não quer saber o seu salário quando você tiver 50 anos, ou qual será o seu carro, qual será o seu plano se saúde e se ele será suficiente para suprir as minhas necessidades, ou o que eu iria comer no jantar naquele mesmo dia.
Via meus pais discutindo política, enfiando termos e palavras que nunca havia ouvido, ou até mesmo de nomes que nem conhecia, fora os dos meus amigos de colégio e de rua. Por não entender o quão importante aquilo seria ainda na minha vida, eu ria, e imagina aquilo com uma grande piada, algo que eu jamais teria que me envolver, pois os meus pais estariam sempre ali para pensarem nessas coisas chatas e sem graça.
Agora é que a revolução chegou.
Observei o mundo ao meu redor, especialmente agora, com 22 anos, e vi que estava fudido. A piada perdeu a graça, ou, teria ela ganho ainda mais graça? Vendo pessoas que, ou que tiveram todas as oportunidades de serem pessoas com uma influência na sociedade, e que poderiam se utilizar deste status para oferecer um bom exemplo, alimentam cachorros com ex-amantes? Ou até mesmo aqueles que se diziam zelar pelos seus cidadãos, dizendo, após encherem seus bolsos com nossos "ótimos" salários, e dizerem que NÓS quem temos que pedir desculpas ao nobre político?
Eu gostaria de saber aonde eu perdi o ponto do ônibus para descer, porque eu não o vi passar, para descer e tentar entender o que estava acontecendo ao meu redor. Obviamente, amadureci e cresci, agora sou um universitário, com um futuro pela frente, mas mesmo assim, creio que já tenha que pensar num futuro que nem venha a ser o meu próprio.
A piada perdeu a graça?
Será que, ao rir dessas situações que vejo na TV ou leio nos jornais, eu estou rindo de mim mesmo? Sim, posso estar rindo por ver que, mais uma vez, se continuar deste jeito, estou fudido. Será que, se estou rindo destas situações, apenas por não poder aceitar e acreditar que as mesmas são reais?
Perguntas vão e vêm e, sinceramente, quem sou eu para respondê-las?
Espera aí, creio que eu possa respondê-las sim! Todos nós podemos respondê-las! Nós não viemos para cá para nada! Nós, TODOS NÓS, temos a nossa mensagem! Nós temos um ensinamento para passar adiante, e mais um para aprender!
A piada perdeu a graça? Não, acabou de ser repaginada, em diversas outras camadas, e é agora que ela fica divertida. Sei que meu papel no mundo pode ser definidor. Assim como o seu! O nosso papel pode definir aquilo que venha a transformar o nosso futuro.
A piada perdeu a graça? Acho que agora, o que perdeu a graça foi ficar achando que o futuro jamais chegará, e que nós não temos que correr atrás de nossos objetivos e sonhos. O que acabou de perder a graça é que não temos que provocar a Revolução! A NOSSA REVOLUÇÃO!
Eu posso rir de mim? Sinceramente, é o que eu mais quero fazer no futuro, depois de tudo que passei adiante, para meus filhos e todos ao meu redor, e ver que aquela piada, que por um momento perdeu a graça e me preocupou e me fudeu, me fez seguir adiante, me desafiou para ver do que eu seria capaz, e poder dizer que eu venci...
E que agora eu posso achar graça de tudo...
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