Folclore!

Feriadão, ótimos dias para descansar, namorar, sair para comer uma pizza, dar uma relaxada, ir ao cinema...

Aliás, tratando-se de cinema, uma recomendação que creio que todos seguirão à risca: Tropa de Elite 2.
Um ótimo filme, realmente mais complexo e melhor tecnicamente do que o primeiro, como os próprios produtores e atores comentavam...

Porém, o que se destaca no filme são as críticas. Tanto sociais como, principalmente até, políticas. Personagens ricos, com diálogos não inteligentes, porém sarcásticos e que transmitem o que é a "nova" malandragem carioca, uma cidade que parece agora dominada por milícias. Analisando as personagens do filme, vemos o personagem Fortunato, interpretado brilhantemente por André Mattos, como uma caricatura de Wagner Montes, apresentador de um telejornal que se diz protetor das camadas mais pobres da sociedade e por possuir um caráter mais despojado e informal. Ele, devido à sua informalidade e linguajar muito pouco rebuscado, atinge mais profundamente a população e, por "defender verdadeiramente", frente à tudo e todos, os interesses da sociedade carioca, se elege deputado.

Porém, todos parecem esquecer a importância deste cargo na política, tanto que, na maioria das vezes, candidatos folclóricos se candidatam e ganham votações muito expressivas.

Wagner Montes, eleito deputado pelo estado do Rio de Janeiro, com mais de 600.000 votos. Enéias Carneiro, um político que era mais reconhecido por sua figura pitoresca do que por seu conhecimento político e intelectual, é o deputado mais bem votado da História da política brasileira, porém, discordando do lema do deputado sim, por causa deste abestado, pode ficar pior sim: Tiririca.

Tiririca, com mais de 1.300.000 votos SOMENTE no Estado de São Paulo, não só conseguiu a segunda colocação como o deputado mais bem votado, como criou um rebuliço para saber se esta MULA sabe, ou não, ao menos, ler e escrever.

Não vamos esquecer da importância de todos os cargos políticos! Nós somos os responsáveis por estes monstros! Vamos votar com mais consciência, e vamos deixar estes cargos de Folclore ao Saci-Pererê, Mula-Sem-Cabeça e Curupira.

Nossa sociedade não pode sobreviver com folclore, e sim com políticos que tragam à realidade problemas que nossos Estados e cidades têm para resolver. Vamos nos mobilizar para melhorarmos esta situação, de uma vez por todas!

Danilo Galvão