segunda-feira, 11 de julho de 2011

Marina Silva deixa o PV



Na última quinta-feira a ex-senadora e candidata à presidência da República nas eleições de 2010, Marina Silva, anunciou sua desfiliação do Partido Verde. Marina, que foi terceira colocada nas eleições do ano passado com pouco mais de 19 milhões de votos, pôs fim a seu ciclo no partido depois de quase dois anos de filiação partidária.

As razões alegadas pela ex-senadora são a falta de democracia interna no partido e a recusa do presidente da legenda, deputado José Luiz Penna (SP) em deixar o cargo, que já ocupa por 12 anos seguidos.

Marina se colocou como uma terceira via nas eleições presidenciais à polarização PSDB x PT, que domina o cenário político nacional desde 1994. Ela foi ouvida principalmente pelos jovens, adotando um estilo diferente de fazer política, propondo medidas sustentáveis e defendendo a ética na tomada de decisões pelo poder público.

Tudo bem que Marina foi importante nas últimas eleições, mas uma coisa sempre me deixou intrigado: a sua conveniência. Sim, conveniência. Explico. Marina foi ministra do meio – ambiente do governo Lula. Ficou por mais de seis anos no cargo, passando inclusive pelo período do mensalão. Quando faltava pouco mais de um ano para as eleições do ano passado ela pediu para sair do governo e do PT alegando que já estava desgastada com tudo que passou no governo e que já não era mais prestigiada. Convenientemente ingressou no PV e de cara foi indicada para concorrer ao cargo de presidente da República. Agora, depois de não conseguir colocar seu grupo no comando do partido, o que já era de se esperar, afinal o PV é um tanto fisiológico, uma espécie de PMDB de menor porte, convenientemente se desfilia da legenda.

Seu grupo político já fala em fundar um novo partido, o que, diga-se de passagem, está virando moda no Brasil, visando as eleições de 2014. Se Marina continuar a agir conforme as conveniências políticas não será uma terceira via de um modelo político e de administração para o Brasil. Vai se transformar em um José Maria Eymael, aquele do célebre jingle Ey, EY, Eymael, um democrata cristão... ou então em um Enéas da causa ecológica. Imagina só: Meu nome é Marina!

 

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