quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BRICS: A solução?

E a crise desembesta na União Européia. Particularmente, jamais acreditei que tal União, algum dia, daria certo. Há pessoas que ainda acreditam que a mesma possa se restabelecer e, finalmente, surgir como um player de fato no cenário internacional. Eu não. Discussões simples, como questões de agricultura ainda não foram solucionadas, desde a década de 60, e não serão agora (ainda mais nestes tempos atuais).

Logo, o que fazer? Revoltas e protestos diários nos EUA nos demonstram que o tempo por lá também anda fechado. Logo, os BRICS surgem como uma possível forma de socorro, especialmente nas figuras de Brasil e China. Porém, após a tentativa brasileira de pedir apoio dos demais integrantes para realizar a compra de títulos da dívida européia, nenhum dos países decidiu ajudar.

Índia preocupada em sua própria miséria. África do Sul também. Já a Rússia, apesar de um início de conversas simpáticas à oferta brasileira, repensou sua posição, fazendo com que seu apoio fosse abalado e negado. Já a China pensou em aumentar o apoio aos recursos do FMI, fazendo com que a simples compra de títulos da dívida fosse negada.

Por mais uma vez, a tentativa do Brasil inserir-se como um player internacional vai por água abaixo. E, no meu ponto de vista, isto dá-se pela desastrosa política externa brasileira. Tentativa de aproximação com um Irã corrompido por diversas crises, ainda mais com relação ao desrespeito de Direitos Humanos. A eterna tentativa de inserção permanente no Conselho de Segurança da ONU, etc... O que me parece, em todas essas tentativas, é de que o Brasil atira em todos os alvos, buscando atingir algum. Mas está atirando sim, e acertando em questões delicadíssimas, em que o próprio país não está preparado, internamente e externamente, para lidar. Parabéns aos demais integrantes do bloco, com África do Sul e Índia, que preocupam-se mais com sua política interna cada vez mais sólida, do que uma política externa aparentemente forte por fora, mas desastrosa internamente.

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