Encerrou-se no último domingo mais uma edição do Rock in Rio. O evento teve capacidade para reunir, em média, 100 mil pessoas/dia. Participaram diversos artistas: De Cláudia Leitte a System of a down. De Ivete Sangalo a Metálica.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem. A economia do Rio de Janeiro se movimentou. Os hotéis chegaram a 98% de lotação. Turistas injetaram mais de R$ 800 milhões de reais. Só que tinham também nossos velhos problemas! Arrastões, furtos, insegurança, e isto sem falar no caótico sistema de transporte público, que foi uma reclamação quase unânime.
O Rock in Rio é um festival grandiosos, gigante, mas não podemos comparar com uma Copa do Mundo, por exemplo. O Rock é paixão de muitos, e o futebol é quase de todos. O primeiro parou o Rio de Janeiro, enquanto o segundo parará todo o Brasil. Se a infraestrutura do Rio de Janeiro já não deu conta do Rock in Rio, imagina na hora da Copa do Mundo ou das olimpíadas em 2016?
O Rio mostrou que precisa melhorar e muito a sua infraestrutura. Passou da hora do governador Sérgio Cabral parar de voar no jatinho dos seus empreiteiros e passar a governar efetivamente o nosso estado. Passou da hora do prefeito Eduardo Paes governar de verdade a cidade maravilhosa e parar de brincar de ser prefeito. Passou da hora do governo federal investir dinheiro no que realmente é necessário e parar de ficar gastando dinheiro com a propaganda oficial.
O pior de tudo é que na Copa do Mundo haverá um gasto público absolutamente alto. É o meu dinheiro, o seu dinheiro, o nosso dinheiro em jogo. E quanto mais em cima da hora, mais dinheiro, óbvio!
Se a desculpa que se dá para a realização da Copa é que os governos deixarão uma herança para o país, que se modificarão a infraestrutura, a segurança, a educação, tá na hora de mudar a justificativa, porque até agora nada, absolutamente nada disso foi feito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário