segunda-feira, 10 de outubro de 2011

E nasce o PSD




Depois de muito barulho e muita polêmica finalmente nasceu o Partido Social democrático, o PSD. Encabeçado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o partido já nasceu com mais de 50 deputados federais, dois governadores, dois senadores, além de vice-governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Durante o recolhimento das assinaturas para que o partido pudesse ser criado houve muita polêmica, como eleitores já falecidos que haviam “assinado” a lista. O PSD encontrou algumas dificuldades na justiça, com outros partidos pedindo a impugnação de sua criação.

O partido mais prejudicado com a criação do PSD foi o DEM. O primeiro surgiu majoritariamente de uma dissidência com o segundo, liderada pelo prefeito Gilberto Kassab, que conseguiu reunir outros ex-colegas do Democratas, que teve uma baixa considerável no número de deputados federais, perdendo também um governador, uma senadora e vários deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Um dos problemas encontrados foi a falta de uma posição ideológica do partido. Seu presidente nacional inclusive chegou a dizer que o PSD não seria de esquerda, direita nem de centro, gerando uma chuva de críticas ao partido recém-criado.

Com o PSD o Brasil possui 28 partidos políticos. A Constituição Federal garante o pluralismo político, mas convenhamos que no Brasil o pluralismo está plural demais. O grande número de partidos mostra a falência do sistema partidário absolutamente fragilizado. Vemos isso com a debandada de políticos do DEM para o PSD usando as mais diversas justificativas, quando na verdade o que se quer é uma aproximação com o governo para conseguir mais verbas, abandonando estrategicamente a oposição.

O PSD nasce um partido governista. Em cada estado da federação o partido apoiará o governo. Uma espécie de novo PMDB. Aqui no Rio de Janeiro o partido tem a frente o ex-deputado e ex-candidato a vice na chapa do Serra, Índio da Costa, que já disse que em 2012 apoiará o atual prefeito da capital, Eduardo Paes. O mais curioso é que Índio combateu veementemente o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na eleição passada. Agora, se aproxima de Eduardo Paes, que tem como padrinho o próprio Cabral. Curioso, não?




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