Bom dia, amigos leitores!!
Devo reconhecer que fiquei um BOM tempo afastado das postagens, mas acho que meu amigo Tiago não deixou a peteca cair em nenhum momento. Aliás, gostaria de utilizar este espaço para, mais uma vez, felicitá-lo pelo seu aniversário! Estamos juntos, irmão!
Bom, sigamos com a postagem...
Mais uma vez, no último mês, o Rio de Janeiro passou por um trauma. Foi realmente, um tanto quanto assustador, andar pelas ruas do Centro da cidade, e ver que não havia mais ninguém nas ruas, nos metrôs, em lugar nenhum... Temendo mais um ataque de "terroristas", de agressores do Estado.
Jamais esqueçamos que os brasileiros não são, nem um pouco, patriotas.
E não, não vale somente durante a Copa.
Primeiro, gostaria de salientar que os traficantes do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro não são e nem JAMAIS serão terroristas.
Se eu fosse Osama Bin Laden, me sentiria ofendido...
Terroristas são intelectuais, muitas das vezes ainda estudantes universitários, que encontraram no terrorismo a única forma de gritar contra o
status quo político atual. São pessoas com ideais de melhorar o mundo onde vivem, da sua forma particular de pensarem. "Atos de terror"? Questionável. Sinceramente, eu não ficaria chateado se queimassem mais um ônibus na minha frente. Poderia ficar irritado por ter que esperar o próximo para ir para casa.
Porém, policiais e soldados aplaudidos, heróis sobreviventes da guerra contra o tráfico.
Porém, o que acontecerá com ambas as regiões após "a guerra"? Particularmente, essa situação me lembra, mesmo que remotamente, a invasão da União Soviética ao Afeganistão, na década de 1980, durante a Guerra Fria. O por quê?
Durante esta invasão, visando obter mais zonas de influência para o comunismo que crescia na sua "Cortina de Ferro", a URSS invade a região do Afeganistão. Porém, mesmo que esta missão "secreta" não tenha sido tão "secreta" assim, os EUA fornecem aos afegãos (mais conhecidos como
mujahidins) todo e qualquer tipo de armamento. Portanto, a guerra que antes encontrava-se perdida para o povo afegão, torna-se uma vitória esmagadora do exército afegão, unica e exclusivamente graças a ajuda norte-americana.
Portanto, o Afeganistão, após a invasão, encontrava-se liberta. Porém, sendo um Estado pária, e sem qualquer relevância no cenário internacional, precisava de ajuda. Os EUA, entretanto, viram as costas para tal Estado.
Um fato, porém, passou desapercebido. O Estado afegão necessitava de infraestrutura, de reconstrução, de ajuda humanitária para sua população. Os EUA não atentaram para o fato e, agora, é acusada por ser um dos berços do novo terrorismo internacional, que não encontra fronteiras neste mundo cada vez mais globalizado. Além disso, os novos terroristas recebem treinamento daqueles
mujahiddins, dos mesmos que receberam treinamento do exército norte-americano.
O Estado do Rio fará o mesmo com tais regiões? Deixar as mesmas se perderem no tempo e no espaço? Com certeza surge a crítica à minha comparação de que tratavam-se de dois Estados diferentes e muito distantes. Porém, leitor, tratando-se da configuração do atual Estado brasileiro, isso é difícil de se pensar e conjuecturar?
Será que será tudo diferente?
Pois é, eu também acho que não...
Danilo Galvão