terça-feira, 26 de abril de 2011

Os dilemas municipais do PT

Caríssimos, inicio minha postagem me justificando. Estou postando temas que são estritamente ligados à minha cidade, Teresópolis. Não costumava fazer isso com frequência, porém, nossa cidade vive um momento histórico, então, diante dos fatos não poderia eu me omitir. Agora sim, vamos ao texto!


Pref. Jorge Mário, gov. Sergio Cabral e dep.Nilton Salomão. Foto


Na semana que se passou o PT municipal rompeu com o prefeito Jorge Mário (PT). Isso mesmo, o PT rompeu com o prefeito de Teresópolis, que ajudou a eleger. Jorge Mário continua filiado ao PT, mas responde a processo interno.

O PT diz que Jorge Mário usou o partido e o enganou para se eleger. Curioso. O atual prefeito na eleição anterior a qual saiu vitorioso disputou o mesmo cargo pelo PFL, atual DEM. Depois migrou para o PSB onde disputou a eleição de deputado estadual até entrar no PT e ganhar a prefeitura.

Com a eleição de Jorge Mario vieram outras pessoas desconhecidas na cidade, indicadas pelo PT e que mal tinham ouvido falar do nosso município antes de assumir cargos no governo municipal por aqui. Neste ano, vários secretários deixaram o governo, crucificando o prefeito, ou seja, saíram da forma mais fácil, depois de verem que as coisas para o governo vão ficando mais complicadas a cada dia. Saíram de forma mais fácil do que entraram.

O PT ajudou a eleger um ex-integrante do PFL como se fosse um petista histórico, como ele e os militantes petistas demonstravam ser e se comportavam nas eleições de 2008, onde saíram vencedores. Fato que destaco também, é que quando pertenceu ao PFL foi apoiado por Cesar Maia que participou dos programas de rádio de Jorge Mário pedindo votos para o mesmo. Agora se dizem traídos, enganados e usados. Coitados.

Será que Jorge Mário usou o partido? Por tudo que eu falei acima, será que o PT não sabia com quem estava lidando pra se dizer traído e tentar sair dessa história toda como vítima? Está virando novela. Sempre que alguém do PT é acusado de corrupção, ou de qualquer outra coisa o partido se faz de vítima.

Mais uma vez o PT se mostra oportunista. Se aproveitou do desejo de mudança da população na eleição anterior lançando um candidato que havia passado por PDT (2002), PFL (2004), PSB (2006) e depois pelo PT, (2008 até hoje), como se fosse um petista histórico. Agora se aproveita do desprestígio do governo municipal perante o povo, na grande crise que se encontra, para romper com Jorge Mário visando às próximas eleições para lançar novo candidato tentando manter o poder.

Ao que tudo indica, a bola da vez é o deputado estadual Nilton Salomão (PT), que é cotado para a disputa pela prefeitura no ano que vem. As eleições de 2012 estão relativamente perto e os bastidores do poder já estão fervendo. A novela está ficando boa. Que venham as cenas dos próximos capítulos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

É hora de música!!!

      Não, não estou ficando louco. E desculpem-me pela ausência, sei que estou devendo a diversos amigos, especialmente ao mestre Tiago!

Aliás, gostaria de congratular o Tiago pelos brilhantes posts que ele veio fazendo durante a minha ausência. A cidade de Teresópolis vem passando por um momento não menos histórico do que qualquer outro de extrema relevância nacional. A comoção política pública dos cidadãos de Teresópolis comove, e o povo jamais deve parar com suas reivindicações! aliás, todos nós somos pseudorevolucionários!

Mas, o meu post de hoje tem um próposito completamente diferente da política, por isso não, não estou louco, como afirmei acima. Há muito tempo queria postar um blog sobre coisas que gostaria de falar, a qualquer hora. Seja sobre esporte, política, atualidades, comédia ou, como neste caso, música. Meu hobby favorito, não consigo viver sem esta bagaça...

Logo, venho postar sobre um CD lançado no último dia 12, nos Estados Unidos. O CD chama-se Wasting Light, do Foo Fighters.


Capa do CD Wasting Light, dos Foo Fighters (2011).


Sim, sou suspeito para falar. Sou um p#$%ta fã da banda, mas isso não impede que meus "ouvidos" críticos façam suas reclamações. Mas este é o problema.
Como um fã da música, me lanço sobre ela como uma "válvula de escape". Um lugar solitário, porém repleto de emoções que tomam meu espírito e me jogam em outro lugar. O rock tem um forte poder sobre mim, especialmente esta banda.
E foi isso o que aconteceu comigo, após Wasting Light. Sempre fui e ainda sou um fã incondicional, daqueles de defender a banda em uma simples briga de bar. Porém, após este CD, realmente pude sentir o que é FAZER MÚSICA. E isso trata muitas coisas de nosso cotidiano, pelo menos para mim.

O CD começa com um verso gritado maravilhosamente por Dave Grohl, "These are my famous last words!", na faixa "Bridge Burning". É difícil encontrar hoje em dia uma banda que toque tão melodicamente pesado como os Foo's. Seguindo, na faixa "Rope", eu começo a pensar como uma junção de estilos dentre os integrantes da banda. O vocal agudo e cantando entre Dave e Taylor Hawkins (baterista), demonstra como os clássicos ainda não morreram. Os riffs de guitarra, certeiros e marcantes, demonstram a evolução de que toda a banda deveria ter.
Em "Dear Rosemary", com a participação de Bob Mould, do Hüsker Dü, é simplesmente fabulosa. A visceral  e completamente enlouquecida "White Limo" vem para quebrar o ritmo marcado da banda, jogando-os mais para o primeiro disco da banda, self-titled. O riff de entrada de "Arlandria", com a bateria marcante de Taylor, me faz imaginar como seria esta música sendo tocada em um estádio gigantesco...
Para mim, a segunda melhor do CD, "These Days", jogando-os mais para o quarto e quinto CD'S da banda, formam uma balada deveras pesada, com um refrão chiclete.
"Back & Forth", nome do documentário da banda também lançado neste ano, faz com que o CD tome uma faceta mais melódica e bem trabalhada do CD, mais marcada e mais centrada nas guitarras.
"A Matter of Time" vem para quebrar tudo, lembrar do "The Colour and the Shape", segundo CD da banda, e ouvir correndo o mais rápido que você pode, para armazenar toda a adrenalina que os riffs e o vocal dela passam.
"Miss The Misery" mostra um lado mais sombrio da banda, com riffs muito bem trabalhados e com um vocal muito bem trabalho também, mostrando o conjunto da banda. A seguinte, "I've Should Have Known", demonstra como a energia do Nirvana continua viva. Uma música que nos lembra muito da época de Kurt Cobain, antes de "explodir os próprios miolos" (entre parênteses por que nada me convence de que não fora a própria esposa, Courtney Love, quem o matou). Para provar isso, a música, belíssima, por sinal,. conta com a presença de Kris Novoselic, ex-baixista do Nirvana.

A melhor do CD, "Walk", realmente é intrigante. Tanto pela própria música, belíssima, assim como a sua letra. Mas, vendo os seus versos, me faz acreditar que ela foi feita como uma homenagem à sua filha, Harper Willow. Lindíssima música... simplesmente sensacional.

O por que de começar a falar sobre música? A música tornou-se uma mera questão de negócios. Gostaria de saber aonde encontram-se as emoções, as raivas, os ódios e os amores das músicas. Elas expressam emoções, sentimentos. E não cifras. "Restarts", "Luans Santanas", "pagodeiros", ouçam e aprendam. Wasting Light está aí para isso. O melhor CD dos últimos 20 anos.

Danilo Galvão

sábado, 23 de abril de 2011

Demagogia política e comoção social: uma perigosa mistura.

O massacre acontecido em realengo, no Rio de Janeiro, causou uma profunda comoção social em todo o país. O fato como as coisas aconteceram e o número de vítimas, crianças inocentes, sensibilizaram a sociedade.

Tal massacre não pode, entretanto, servir como pano de fundo para demagogias políticas. O presidente do Senado, José Sarney, (sempre ele!) propôs que se realize um plebiscito para consultar a sociedade sobre o desarmamento.

Curioso. Curiosíssimo. No ano de 2005 houve um referendo onde a população foi ouvida a respeito do assunto. Como é sabido, prevaleceu o direito do cidadão comprar, legalmente, uma arma. Sarney justifica sua proposta dizendo que o país vive um momento diferente daquele de 2005. Ah tá! O tal Wellington, homem responsável pelo massacre, não adquiriu sua arma no mercado legal. Independente de mérito, ter uma arma, preenchidos os requisitos legais, é um direito do cidadão. O problema não está no comércio legal, mas sim no ilegal de armas.

Ao invés de se propor plebiscito para inibir o comércio legal de armas no país, Sarney, que é aliado da presidente Dilma, deveria sugerir que sua excelência aumentasse a fiscalização nas fronteiras do Brasil com os países vizinhos. Fiscalização que é fraca desde o governo Lula.

O número de armas ilegais que entram no país, juntamente com drogas, é absurdo. Bandido consegue arma não é comprando na loja, mas sim, no comércio ilegal de armas que são importadas. E isso não é de hoje. Não é de um ano atrás, não. Já é de muito tempo. O país não vive momento diferente de 2005 coisa nenhuma. É só comparar os dados para chegar a essa conclusão.

E a respeito do referendo, a Ordem dos Advogados do Brasil também já se manifestou de forma contrária, como também o fizeram integrantes do próprio Congresso Nacional. Ophir Cavalcante, presidente da OAB, classificou a iniciativa de Sarney como uma “cortina de fumaça" para desviar a atenção dos brasileiros dos principais problemas de segurança pública do país.

Até parlamentares que foram na época do citado referendo, a favor do desarmamento, defendendo, portanto, o voto sim, se manifestaram de forma contrária a uma nova consulta. É o caso do ex-deputado Raul Jungmann (PPS/PE), que foi coordenador da frente Brasil Sem Armas. O ex-deputado defendeu o respeito ao resultado e classificou uma nova consulta como uma demagogia, um golpe.

Pois bem, segurança pública não é brincadeira. Já passou da hora das autoridades levarem o país a sério e passarem a segurança pública a limpo. Wellington é a conseqüência da facilidade do acesso de armas ilegais no Brasil. Providências são necessárias para evitar que surjam novos Wellingtons e novas tragédias venham a acontecer.




A calamidade do transporte público em Teresópolis

Amigos preparem-se para ouvir um relato sobre o descaso com que os teresopolitanos são tratados pela principal empresa de ônibus de nossa cidade. Na última quarta-feira estava preparado para retornar para minha casa, situada no Imbiú um bairro do interior do município, no ônibus das 20:30h.

Para variar o tal ônibus atrasou. Sistematicamente tem saído da rodoviária por volta das 21 horas. Até aí nada de tão grave assim. Só que dessa vez o ônibus simplesmente não apareceu. A viação alegou que o ônibus havia quebrado no interior, e por isso não houve aquele horário. Assim, fiquei na rodoviária até as 22:30h que é o próximo horário após o famigerado ônibus que quebrou.

Ora, se o ônibus quebrou é dever da viação mandar outro para substituí-lo, afinal, eles tem vários veículos parados na garagem, principalmente neste horário fato que não aconteceu. Nada, absolutamente nada justifica o fato de a viação Dedo de Deus não ter enviado outro ônibus para substituir o que estava quebrado e que deveria transportar cidadãos após um dia cansativo de trabalho, de estudo, ou mesmo aquele que foi até o centro da cidade para ficar a toa, até as suas residências.

Acham pouco? Não foi só isso. O último ônibus que temos, que é este das 22:30h, em que estava, quando se localizava na comunidade do Porto, próximo ao bairro Vargem Grande, também no interior do município quebrou! Vejam só! Além de ter quebrado o ônibus do horário anterior, quebrou também o último ônibus. Ficamos ainda aproximadamente meia hora parados, esperando outro que a viação mandasse outro veículo para que pudéssemos chegar em nossas casas.

Infelizmente esta é uma realidade que nos aflige. Ônibus com defeito são freqüentes. Foi relatado por um colega que estava presente que o ônibus das 19:00h também havia quebrado. Somos tratados com total desprezo pela viação Dedo de Deus. Como se não bastasse a escassez dos horários no período noturno, ainda temos que conviver com veículos completamente deteriorados, e que frequentemente apresentam defeitos.

E o pior de tudo é que embora reclamemos não temos para onde correr, afinal, na nossa cidade o transporte público é monopolizado pela citada empresa. Mas, para todos os efeitos, fica este desabafo, de um cidadão cansado de ser sistematicamente desrespeitado no uso do transporte coletivo.




quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia 12: o dia do chega!

Realizou-em em Teresópolis no dia de ontem a maior manifestação popular da história da nossa cidade. Cansado de tanto descaso, tanta incompetência e corrupção envolvendo o governo municipal e a Câmara municipal, a população foi, mais uma vez, às ruas se posicionar e exigir umaposição firme das autoridades municipais.

A concentração ocorreu a partir das 17 horas na praça olímpica e por volta de 18:30h os manifestantes foram em direção à prefeitura, atrás do carro de som que tocava o Hino Nacinal e uma "marchinha" que dizia que o prefeito Jorge Mario (PT) ganharia uma passagem pra sair da cidade, que não era de metrô, trem ou avião, mas sim, algemado em um camburão.

Os moradores comparecem em bom número. Uns tinham as caras pintadas, relembrando o impedimento do então presidente Collor, outros estavam com camisas e faixas onde tinham palavras de ordem e protesto.

Em frente ao prédio da Câmara os manifstantes vaiaram quase todos os vereadores. Um deles, que até assinou o documento para a criação da CPI, Paulinho Carvalho (PTB) foi um dos mais vaiados. O nobre edil já não é visto com bons olhos pelo povo há muito tempo, e tomou muitas vaias enquanto se pronunciava para o povo.

Teresópolis vive um momento histórico. O povo vai às ruas como nunca foi antes lutar para acabar com os desmandos e a corrupção que assolam o governo Municipal.

Chega. Teresópolis não aguenta mais!


Bolsonaro o fuzilamento da direita

Queria há muito tempo me manifestar sobre o polêmico caso envolvendo o ainda mais polêmico deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), mas não encontrava as palavras para colocar no papel, ou melhor, no computador.

Lendo a edição da Revista Época de 4 de abril de 2011, nº 672, me deparei com a coluna Nossa Política assinada por Guilherme Fiuza, onde o autor relata o fato e que se encaixou muito bem no que eu tinha vontade de me expressar e não conseguia.

Transcrevo tal artigo abaixo, que ficou um pouco extenso, mas vale a leitura até o final, para que assim possamos refletir melhor sobre o assunto.

Boa leitura!





Bolsonaro e o fuzilamento da direita

Da revista Época

Por Guilherme Fiuza*



No Brasil de hoje, como se sabe, ninguém é de direita. Ou melhor: a direita existe, mas é uma espécie de sujeito oculto, que só aparece para justificar os heróicos discursos da esquerda – eterna vítima dela. Lula governou oito anos, promoveu seus companheiros aos mais altos cargos e salários estatais, fez sua sucessora, e a esquerda continua oprimida pela elite burguesa. É de dar pena. Nessa doce ditadura dos coitados, é preciso cuidado com o que se fala. Os coitados são muito suscetíveis. Foi assim que o deputado federal Jair Bolsonaro foi parar no paredão.

Capitão do Exército, Bolsonaro é filiado ao Partido Progressista, mas é uma espécie de reacionário assumido. Defende abertamente as bandeiras da direita – que como dito acima, não existem mais. Portanto, Bolsonaro não existe. Mas fala – e esse é seu grande crime. Depois da polêmica entrevista do deputado ao CQC, da TV Bandeirantes, o líder do programa, Marcelo Tas, recebeu emails de telespectadores revoltados. Parte deles protestava contra o próprio Tas, por ter dado voz ao Jair Bolsonaro. Na Constituição dos politicamente corretos – assim como nas militares - , liberdade de expressão tem limite.

A grande barbaridade dita por Bolsonaro no CQC, em resposta à cantora Preta Gil, foi que um filho seu não se casaria com uma negra, por não ser promíscuo. Uma declaração tão absurda que o próprio Tas cogitou, em seguida, que o deputado não tivesse entendido a pergunta. Foi exatamente o que Bolsonaro afirmou no dia seguinte. Estava falando sobre homossexualismo, e não percebeu que a questão era sobre racismo: “ A resposta não bate com a pergunta”, disse o deputado.

Se Jair Bolsonaro é ou não é racista, não é essa polêmica que vai esclarecer. No CQC, pelo menos, ele não disparou deliberadamente contra negros. Estava falando de promiscuidade, porque seu alvo era o homossexualismo. O conceito do deputado sobre os gays é, como a maioria de seus conceitos, reacionário. A pergunta é: por que ele não tem o direito de expressá-lo?

Bolsonaro nem sequer pregou a intolerância aos gays. Disse inclusive que eles são respeitados nas Forças Armadas. O que ele fez foi relacionar o homossexualismo aos “maus costumes”, dizendo que filhos com “boa educação” não se tornam gays. É um ponto de vista preconceituoso, além de tacanho, mas é o que ele pensa. Seria saudável que os gays, com seu humor crítico e habitualmente ferino, fossem proibidos de fustigar a truculência dos militares?

A entrevista também passou pelo tema das cotas raciais. Jair Bolsonaro declarou o seguinte: “Eu não entraria num avião pilotado por um cotista. Nem aceitaria ser operado por um médico cotista”.

É a resposta de um reacionário, um dinossauro da direita, proscrito pelas modernas ideologias progressistas e abominado por sua lealdade ao regime militar. Mas é uma boa resposta. E agora?

Agora o Brasil bonzinho vai fazer o de sempre: passar ao largo do debate e choramingar contra a direita. Eis um caminho de risco zero. Processar Bolsonaro, o vilão de plantão, é vida fácil para os burocratas do humanismo. No reinado do filho do Brasil, até nosso Delúbio, com a boca na botija do mensalão, gritou que aquilo era uma conspiração da direita contra o governo popular. O filão é inesgotável.

Cutucar o conservadorismo destrambelhado de Bolsonaro é atração garantida. Mas censurá-lo em seguida não fica bem. Parece até coisa dos antepassados políticos dele. A metralhadora giratória do capitão dispara absurdos, mas não está calibrada para fazer média com as minorias – e isso é raro hoje em dia.

De mais a mais, se manifestantes negros podem tentar barrar um bloco carnavalesco que homenageia Monteiro Lobato, por que um deputado de direita não pode ser contra o orgulho gay e as cotas raciais? Vai ver o preconceito também virou monopólio da esquerda.



*Guilherme Fiuza é jornalista. Publicou os livros Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme, 3.000 dias no bunker e Amazônia, 20º andar. Escreve quinzenalmente em Época.
 
 

sábado, 2 de abril de 2011

Deixa o Zé Pereira ficar...

É... Cada vez me surpreendo mais com a política externa brasileira...

Até ano passado, o Tratado do Teerã..
Se lembra de nosso post passado? A visita de Obama, aparentemente, deixou frutos, né?
Antes, nós brasileiros que havíamos assinado o Tratado de Teerã, juntamente com Turquia (???) e Irã (?!?!?!?!?!?!?!?!), agora, votamos contra os mesmos numa verificação do Conselho de Direitos Humanos da ONU?

Ué...

Deixa ver se eu entendi...
O governo Lula gostaria de manter relações de paz com o Irã, intemediar possíveis discussões nucleares (sem nem ao menos possuir uma arma nuclear), além de ser mediador entre as discussões entre Palestina e Israel...

Agora, votamos contra o PRÓPRIO IRÃ???



Estou que nem nosso Zé Pereira aí em cima... perdidinho...
O próprio Ahmadinejad deve ter ficado assim...

Mas tudo bem, não são os Estados Unidos nossos "Escravos de Jó"?!?!
Não são eles que precisam de nossa ajuda?!?!?!?


É... estou vendo... Mas deixa o Zé Pereira ficar, pelo menos!!!!