segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova legislatura

Neste dia primeiro de fevereiro inicio mais um semestre letivo na faculdade. Inicio o sétimo período do curso de graduação em Direito no Unifeso. Neste dia inicia-se também uma nova legislatura no Congresso Nacional com a posse dos Deputados e Senadores eleitos no ano passado.

Tiririca, Romário, Popó e Cia tomarão posse como deputados federais. O primeiro assume a vaga por São Paulo, e foi o mais votado do país. O segundo assume o cargo pelo Rio de Janeiro. O terceiro assume como suplente pela Bahia.

O que podemos esperar desse novo Congresso? Alguns dizem que será a pior formação daquela casa de todos os tempos. Outros ainda manifestam uma ponta de esperança de que, como diz Francisco Everardo de Oliveira Silva, o glorioso Tiririca, “pior do que tá não fica”.

Os nomes dos novos deputados que aqui cito mostram que não estou tão otimista quanto a atuação do novo Congresso. Ver lugares que foram ocupados por Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Mário Covas, dentre tantos outros sendo ocupados por pessoas desse tipo não me traz esperança de melhora, justo neste momento em que a atuação do último Congresso foi tão criticada por toda a sociedade. Mas faz parte da democracia. O Congresso, como já falei anteriormente em outro post, é o reflexo da sociedade.

Ainda no dia primeiro teremos as eleições das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. E a coisa também não é animadora. Ver Marco Maia como favorito para ser o presidente da Câmara e o imortal Sarney na presidência do Senado pela enésima vez ressalta ainda mais que as coisas tendem a piorar.
 
 

Democracia não é apenas voto

Vemos todos os dias pessoas reclamando da falta de atitudes dos nossos governantes. Na esmagadora maioria das vezes reclama-se com razão, afinal, é um dever do povo cobrar e fiscalizar os eleitos para representá-los.

O ponto central das críticas é a forma como ocorrem. Na grande parte das vezes há apenas reclamações desnorteadas, pois convenhamos, os brasileiros adoram reclamar, não importa qual o motivo, mas há sempre reclamações para tudo.

No regime democrático em que vivemos é fundamental a participação da população na fiscalização e nas ações governamentais, indo muito além de apenas apertar uns números e a tecla verde no dia das eleições.

É fundamental a participação da população na fiscalização e na elaboração de propostas, projetos, principalmente a nível municipal, pois o contato do povo com o governo é muito mais próximo tanto representativa quanto fisicamente. Isso é democracia.

Podemos fazer uma pesquisa: vamos às ruas perguntar se os cidadãos se lembram em quem votaram nas últimas eleições, que ocorreram há menos de quatro meses. Grande parte com certeza não se lembrará em quem votou. Assim, como poderemos reclamar se não sabemos a quem nos queixar e muitas vezes nem sobre o que nos queixar?

Só conseguiremos as mudanças se nós mudarmos também, a para isso é fundamental que nos conscientizemos o quanto antes para conseguirmos, no futuro, um país melhor não para nossos filhos, mas para nós mesmos.
 
 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A responsabilidade de cada um

Todos os problemas que existem na sociedade são culpa do governo. O governo não age, o governo não faz nada, o governo não presta pra nada. Não é bem assim.

Os governantes, obviamente, tem culpa, e muitas vezes muita culpa, em determinados problemas que afligem nossa sociedade. O que temos que entender é que a culpa deve ser compartilhada por todos nós. Se um determinado governante é ruim, a culpa também é nossa, porque afinal, fomos nós enquanto sociedade que os elegemos, ou será que eles chegaram ao poder do nada, num simples passe de mágica?

Não quero com isso dizer que a culpa é exclusiva do povo. Claro que não. Mas também não é exclusiva dos nossos governantes, como muitos anunciam. Cada um tem sua parcela de culpa.

Um exemplo que ilustra bem o caso são as enchentes em São Paulo. Assisti ontem uma reportagem no Jornal Nacional sobre a última chuva naquela cidade. Um senhora dizia que há muito tempo vive na determinada localidade e que sempre a chuva matou pessoas e causou estragos, e concluiu afirmando que já não vislumbrava nenhuma solução para o caso.

Por outro lado, mostrou a mesma reportagem a fala de um gari que reclamava que enquanto eles limpavam a cidade em um dia, no outro a população já se encarregava de colocar o lixo de volta às ruas, sujando-as por completo uma vez mais.

Como fica este caso? De que adianta o governo mandar limpar a cidade, recolhendo o lixo na rua, enquanto um sujeito joga a embalagem do biscoito que comeu no chão, ou joga aquele sofá velho no leito do rio?

Já passou da hora de cada um assumir sua parcela de responsabilidade na sociedade, procurando realmente as soluções, ao invés de ficar procurando apenas os culpados pelos problemas, num eterno jogo de culpa.
 
 

Ainda existem esquerda e direita no Brasil?


Fico eu aqui pensando nas ideologias da política no Brasil. Militantes, alguns mais eufóricos fazem uma defesa das posições ideológicas de seus partidos, gerando uma eterna, e por que não, inútil, nos dias de hoje, discussão a respeito do tema.

O PT é tratado como um partido de esquerda. Suas posições durante seus anos de trajetória, desde a época do Lula operário, com discursos contra o capital, contra os patrões, na luta de classes, pregando que o povo, os operários é quem realmente deveriam deter o poder e governar a nação.

Foi oposição a todos os governos, desde os militares, como grandes personalidades históricas, e também na redemocratização, opondo-se aos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC, até chegar ao poder nas eleições de 2002. Quando oposição, o PT foi radical, dando a alcunha de ladrões a todos os presidentes que exerceram seus mandatos.

Chegando ao poder a coisa mudou. Lula convidou para a presidência do Banco Central Henrique Meirelles, banqueiro de origem tucana. Aliou-se a Sarney e a Collor, personagens que ora haviam chamado de ladrões e execrado em praças públicas.

O mesmo PT que compõe o foro de São Paulo ao lado do ditador Partido Comunista Cubano e das narcoguerrilheiras FARC, que na classificação política seriam de esquerda, alia-se também a Sarney, que cá entre nós, não é, não foi nem nunca será de esquerda.

O lucro dos bancos nunca foi tão alto quanto no governo do PT. Arriscaria dizer que o PT era de esquerda quando oposição, se aproximando da direita após chegar ao governo. Alguns de seus programas na teoria se localizam mais à esquerda, enquanto alguns de seus aliados se colocam mais à direita.

Assim, fica muito complicado no Brasil fazermos definições dos conceitos de esquerda e direita na política, devido às posições um tanto contraditórias dos partidos políticos brasileiros. O PT se considera de esquerda, enquanto se alia à Sarney e a Collor.

Das duas uma: ou o PT mudou mesmo sua trajetória ideológica ou Sarney se reconheceu como um socialista, assíduo leitor das teorias de Marx. Será?
 
 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Solidariedade

Com toda essa tragédia acontecendo aqui na Região Serrana do Rio, pelo menos uma coisa me deixa um pouco mais confortado: a solidariedade das pessoas.

Sim, afinal, vemos que a todo momento chegam caminhões, carros e várias pessoas para fazerem suas doações. Isso sem contar o número de voluntários que se colocaram a disposição para ajudar pessoas que muitas vezes nem conhecem.

Essa ajuda me comove, pois vejo que apesar dos pesares, as pessoas ainda se movem numa direção de solidariedade com as outras. E isso é fundamental, pois sozinhas as vítimas não conseguirão reerguer suas vidas.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tragédia em Teresópolis

Teresópolis está em Luto. A cidade foi atingida por uma tragédia que devastou alguns bairros do nosso município. A situação é de calamidade pública.

Graças a Deus minha família e eu não fomos muito atingidos. Está tudo bem.

Entendo ser desnecessário postar fotos, pois todos sabem como as coisas estão por aqui.

Se você quiser e puder ajudar, por favor, ajude. Cada ajuda é bem-vinda. Se cada um fizer sua parte tenho certeza que conseguiremos reconstruir nossa cidade.

Obrigado!


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Não sei, e continuo querendo não saber...

Bom(a) dia, tarde e noite a você, leitor...

Mais uma vez me distanciei do blog. Não por querer, mas sim por falta de tempo. Aliás, jamais deixarei tal ferramenta de lado. Mesmo depois de tanto tempo, ainda acho que é tempo de desejar Feliz Ano Novo.

A você e todos os que te rodeiam. Acho que, pelo menos neste início de ano, devemos deixar algumas coisas de lado. Ano passado fora um ano cheio, um ano lotado de ideias e realizações. Tanto a ideia de criar este blog, como as próprias eleições, meu primeiro estágio...
Como foi o seu ano?

Devemos deixar de lado algumas dessas coisas, exatamente pelo fato de esquecermos de outras, que se tornam menos importantes quando o tempo começa a correr cada vez mais rápido. Olhar para o Sol pela janela do escritório com certeza é deprimente, mas lembrar de um dia maravilhoso perto daqueles que você ama, olhando para o mesmo Sol, é sensacional.

Jamais deixei de querer "lutar" contra esse Sistema que oprime sua criatividade, a sua alma, escravizando-a e fazendo com que você vire um eterno robô. Se você está lendo isso, e concorda comigo, jamais deixe de lutar, porém não pense em si próprio como uma pessoa mais sábia por causa disso... Na verdade, nós não somos... O por quê? Porque nós amamos a vida e sua alma acima de tudo? Poderia responder que sim, mas, você sabe o que é o amor?

Nestas festas de Fim de Ano, geralmente as pessoas tornam-se mais amorosas, mais carinhosas umas para com as outras... E dizem mais " Eu Te Amo"... Mas porque? Você sabe o que é isso? O que é está palavra que une tantas pessoas ao redor do mundo?

É um sentimento? uma experiência de vida? Você pode amar a tudo e todos? Até mesmo um iPod recém comprado?

Não sei, e continuo não querendo saber... E por isso mesmo que eu posso dizer que eu amo a todos os meus amigos, todas as minhas conquistas que me trouxeram até aqui, e a uma pessoa, somente UMA, mais do que especial, que sempre me suporta, todos os dias, e que eu AMO mais do que tudo e todos.

Eu amo sim, pois não sei o que é o amor. E esse é o barato da vida, dia a dia passar a descobrir o que é o amor. Ver que o mundo é sim, um lugar irado de se viver. Vamos, nem que seja por um dia, esquecer os problemas, ouvir uma música, ler um livro, beijar quem você ama...

Isso é amor? Não sei!... Ainda bem!


Uma música para vocês! Interpretem-na do que jeito que a achar conveniente!


The Suicide Machines - Sometimes I Don't Mind

http://www.youtube.com/watch?v=lEr9Fy3C-Yw




                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Danilo Galvão

Os privilégios da família Lula

Foi divulgado pela imprensa que dois filhos do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva foram agraciados pelo ministério das Relações Exteriores com passaportes diplomáticos. Tais passaportes concedem alguns privilégios a quem os utiliza, tais como não precisar enfrentar determinadas filas e até mesmo, dependendo do país, a ausência de visto. O regalo foi concedido aos filhos de Lula na última semana de seu governo. No apagar das luzes.

A lei garante o passaporte diplomático apenas a autoridades, como o presidente da República e ministros de Estado e a pessoas que estejam em missão oficial ou a interesse do país.

Francamente, o caso dos “lulinhas” em nada se enquadra nas situações previstas na lei. A concessão dos passaportes é um deboche da cara do povo, o que não me surpreende, afinal, Lula e o PT são nota 10 neste quesito.

Lula também passou férias em uma base militar, após o final do seu mandato, a convite do ministério da Defesa. Nunca antes na história deste país um ex-presidente teve tantos privilégios.

O mais interessante é que mesmo com a divulgação de tais feitos a família Lula não se manifesta. Ou melhor, se manifesta no sentido de não se manifestar sobre o assunto e manter os privilégios. Esta é uma prova que Lula se acha a “última bolacha do pacote”, ou seja, melhor que todos nós, simples mortais, e até mesmo melhor que seus colegas ex-presidentes.

Fico imaginando se FHC estivesse no lugar de Lula com esses privilégios qual seria a atitude do PT. Iriam satanizá-lo ainda mais, ou até mesmo pedir sua prisão. Que saudades daquele PT oposicionista, dono da moral da ética e da virtude.

O presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, já avisou que se os passaportes não forem devolvidos a entidade recorrerá à justiça para que a lei seja cumprida. Uma atitude democrática da OAB em defesa da sociedade.

Daqui a pouco vão voltar com aquele papo de que tudo isso é armação da “mídia golpista”, da “direita que não consegue engolir um ex-operário presidente da República”. Querem apostar?
 
 

Mais do mesmo

Nem bem começou o governo Dilma e já temos um velho problema. A disputa por cargos. Ganha um doce quem acertar quem é o pivô desta disputa. Sim, é o PMDB.

Depois de empossado o primeiro escalão do governo, seus ministros e secretarias, a disputa agora é pelos cargos de segundo escalão. Secretarias internas dos ministérios, direções de autarquias e estatais são os alvos dos partidos aliados.

Pois bem, amigos. Está ficando chato. Enquanto escrevo esse post imagino um assunto diferente para tratar por aqui, mas não consigo. Eu me esforço buscando temas, mas infelizmente o governo tem sempre esses assuntos recorrentes. E agora não é mais o governo do presidente Luis Inácio “Nunca Antes na História Deste País” Lula da Silva, e sim o governo da “cumpanhera” Dilma.

Aparelhamento do Estado e corporativismo marcam agora, também, o governo da Dilma. Vamos ver qual será a desculpa que acharão para justificar tais atos, se é que se darão ao trabalho de inventar uma desculpa para debochar da nossa cara. Ela cumpre mesmo a promessa de dar continuidade ao governo Lula. Principalmente no corporativismo.
 
 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sai Lula entra Dilma

                                                                       


Encerrou-se o período de 8 anos do governo Lula. Um governo marcado por altos índices de popularidade e aprovação pelo povo. Um presidente operário que conseguiu eleger sua sucessora para a presidência da República, fato nunca visto antes na história deste país.

É fato notório minha opinião sobre o governo. Altos índices de popularidade não quer dizer unanimidade. Temos sim parcela da população que não está satisfeita com o governo, como demonstraram os 43 milhões de brasileiros que confiaram seus votos à oposição na última eleição.

Lula se considera um mito, o maior brasileiro da história. Não é lá tudo isso. Seu governo teve méritos, temos que reconhecer, mas teve também  pontos negativos, como não querem reconhecer.

O combate à corrupção, a falta da ética, o rompimento com o discurso dos vinte e poucos anos do PT marcaram o governo Lula. Onde se falava que corrupto não entrava, vimos que era de onde os corruptos não saiam. As alianças espúrias em busca do poder, como fizeram com Sarney, Renan e sua corja ainda são fatos não explicados.

O não reconhecimento dos méritos do governo anterior prova a arrogância do petismo federal. Programas como bolsa-família, que eles tanto se vangloriam, tem seu embrião no governo anterior com o bolsa-escola e o bolsa-alimentação, fato que o atual governo não reconhece.

Falta humildade. Só porque se tem alta aprovação, repito, não quer dizer que se tem unanimidade. A oposição é necessária e indispensável a qualquer governo, para atuar de forma fiscalizadora com relação ao governo, controlando-o e mostrando o democrático direito ao contraditório.

Lula nunca aceitou a oposição. Sempre agiu com raiva querendo dizimar os oposicionistas, exterminando a oposição, como fazem seus colegas Chávez e Evo Morález.Prova disso é sua declaração em Santa Catarina, em um comício, dizendo que o "DEM devia ser extirpado da política". Aqueles que fizeram oposição ao seu governo eram tratados como golpistas, direitistas que não aceitavam um presidente operário, oriundo do seio do povo.

E olha que a oposição nem era tão forte assim, muito pelo contrário. Se compararmos a atual oposição com o PT quando exercia esse papel veremos que é uma oposição ínfima. O PT "partia para a porrada" todo dia, toda hora, querendo prejudicar os governos anteriores no pior estilo do “quanto pior melhor”. Talvez pela fraqueza da atual oposição o governo tenha conseguido os resultados que conseguiu, como a própria eleição de Dilma.

Sou sim de oposição, mas não sou do contra. Como brasileiro espero que a Dilma faça um governo melhor do que fez Lula. Menos demagógico, menos populista, menos falacioso do que o governo atual. Faça um governo de verdade, sério, integro e honesto, características que faltaram ao governo Lula. Que faça um governo que respeite o povo e não o trate como idiota, mentindo, distorcendo informações e jogando regiões contra regiões, tudo em nome da manutenção do poder.