Quero hoje compartilhar com vocês, caros leitores, algo que me deixou muito feliz. Comprei a revista Época da semana passada. Não, não foi apenas isso que me alegrou, mas sim sua matéria de capa: “Jovens, rebeldes e engajados”. Em tal matéria Época traz alguns jovens engajados na política, seja ela partidária ou não, mostrando que os jovens não estão assim tão alienados como pensam certos políticos.
Lendo a revista senti certa felicidade, em ver que ainda há esperanças. Não que eu já tivesse algum dia a perdido, muito pelo contrário. Participei de duas edições do Parlamento Jovem Brasileiro: em 2007 como deputado federal jovem pelo Rio de Janeiro e em 2009 como acompanhante. Ali pude perceber que nosso país dispõe de uma grande quantidade de jovens sérios, íntegros, competentes e capazes, e que se o Brasil um dia depender desses jovens que conheci, estará com certeza em ótimas mãos.
O fato de eu ficar feliz com a matéria é ver que uma grande revista brasileira divulga o fato de a juventude estar mais consciente, de querer participar da vida política. Afinal, como sempre falo quem não acompanha a política abre mão da sua vida, pois tudo na vida de qualquer pessoa envolve a política. Se você terá emprego, educação, saúde, moradia, salário digno, uma economia controlada, tudo isso depende da política.
Muito bem, vamos aos fatos. Época divulga uma pesquisa, feita em parceria com o Instituto Retrato, que ouviu 990 adolescentes entre 16 e 18 anos, de colégios particulares e públicos em dez capitais brasileiras. A pesquisa mostra que 92% dos entrevistados acham que a política é discutir assuntos que mexem com sua vida ou de sua comunidade, enquanto 7% acham que a política é algo restrito aos políticos e que as pessoas comuns devem apenas votar.
A pesquisa mostra também que 56% dos jovens brasileiros não acreditam nos políticos, entretanto, 41% aceitariam se candidatar a algum cargo eletivo. Mesmo com os políticos sendo uma classe desacreditada, uma parte significativa aceitaria disputar uma eleição, o que mostra que, na minha interpretação, os jovens tem vontade de mudar o atual quadro e fazer com que a classe política possa ser digna de respeito.
Finalizando os dados que mais me chamaram atenção, os jovens entendem que a melhor forma de mudar a sociedade, para 46% dos entrevistados, cada um fazer sua parte, 24% votar consciente, 16% organizar grupos sociais em torno de causas e 9% protestar.
A política nunca foi digna de muito respeito. O povo, principalmente depois da redemocratização, mantém certa distância da política, dos políticos e das decisões tomadas pelos governos. Minha preocupação maior é com a juventude, pois só ela é capaz de fazer as transformações necessárias para nosso país. Aliás, reiteradas vezes abordo este tema aqui no blog, pois eu realmente acredito de coração nisso. E ver a divulgação de outros jovens que, de certa forma compartilham dos meus ideais, me encheu de felicidade. Ver que os jovens estão por dentro do que está acontecendo na política e embora não seja a vontade de certos governantes, estão conscientes de sua importância na sociedade é muito bom. Acredito que juntos nós podemos mais. E tenho a certeza de que juntos vamos fazer a diferença.