sexta-feira, 21 de outubro de 2011

E a nossa geração vai fazer a diferença

Quero hoje compartilhar com vocês, caros leitores, algo que me deixou muito feliz. Comprei a revista Época da semana passada. Não, não foi apenas isso que me alegrou, mas sim sua matéria de capa: “Jovens, rebeldes e engajados”. Em tal matéria Época traz alguns jovens engajados na política, seja ela partidária ou não, mostrando que os jovens não estão assim tão alienados como pensam certos políticos.

Lendo a revista senti certa felicidade, em ver que ainda há esperanças. Não que eu já tivesse algum dia a perdido, muito pelo contrário. Participei de duas edições do Parlamento Jovem Brasileiro: em 2007 como deputado federal jovem pelo Rio de Janeiro e em 2009 como acompanhante. Ali pude perceber que nosso país dispõe de uma grande quantidade de jovens sérios, íntegros, competentes e capazes, e que se o Brasil um dia depender desses jovens que conheci, estará com certeza em ótimas mãos.

O fato de eu ficar feliz com a matéria é ver que uma grande revista brasileira divulga o fato de a juventude estar mais consciente, de querer participar da vida política. Afinal, como sempre falo quem não acompanha a política abre mão da sua vida, pois tudo na vida de qualquer pessoa envolve a política. Se você terá emprego, educação, saúde, moradia, salário digno, uma economia controlada, tudo isso depende da política.

Muito bem, vamos aos fatos. Época divulga uma pesquisa, feita em parceria com o Instituto Retrato, que ouviu 990 adolescentes entre 16 e 18 anos, de colégios particulares e públicos em dez capitais brasileiras. A pesquisa mostra que 92% dos entrevistados acham que a política é discutir assuntos que mexem com sua vida ou de sua comunidade, enquanto 7% acham que a política é algo restrito aos políticos e que as pessoas comuns devem apenas votar.

A pesquisa mostra também que 56% dos jovens brasileiros não acreditam nos políticos, entretanto, 41% aceitariam se candidatar a algum cargo eletivo. Mesmo com os políticos sendo uma classe desacreditada, uma parte significativa aceitaria disputar uma eleição, o que mostra que, na minha interpretação, os jovens tem vontade de mudar o atual quadro e fazer com que a classe política possa ser digna de respeito.

Finalizando os dados que mais me chamaram atenção, os jovens entendem que a melhor forma de mudar a sociedade, para 46% dos entrevistados, cada um fazer sua parte, 24% votar consciente, 16% organizar grupos sociais em torno de causas e 9% protestar.

A política nunca foi digna de muito respeito. O povo, principalmente depois da redemocratização, mantém certa distância da política, dos políticos e das decisões tomadas pelos governos. Minha preocupação maior é com a juventude, pois só ela é capaz de fazer as transformações necessárias para nosso país. Aliás, reiteradas vezes abordo este tema aqui no blog, pois eu realmente acredito de coração nisso. E ver a divulgação de outros jovens que, de certa forma compartilham dos meus ideais, me encheu de felicidade. Ver que os jovens estão por dentro do que está acontecendo na política e embora não seja a vontade de certos governantes, estão conscientes de sua importância na sociedade é muito bom. Acredito que juntos nós podemos mais. E tenho a certeza de que juntos vamos fazer a diferença.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BRICS: A solução?

E a crise desembesta na União Européia. Particularmente, jamais acreditei que tal União, algum dia, daria certo. Há pessoas que ainda acreditam que a mesma possa se restabelecer e, finalmente, surgir como um player de fato no cenário internacional. Eu não. Discussões simples, como questões de agricultura ainda não foram solucionadas, desde a década de 60, e não serão agora (ainda mais nestes tempos atuais).

Logo, o que fazer? Revoltas e protestos diários nos EUA nos demonstram que o tempo por lá também anda fechado. Logo, os BRICS surgem como uma possível forma de socorro, especialmente nas figuras de Brasil e China. Porém, após a tentativa brasileira de pedir apoio dos demais integrantes para realizar a compra de títulos da dívida européia, nenhum dos países decidiu ajudar.

Índia preocupada em sua própria miséria. África do Sul também. Já a Rússia, apesar de um início de conversas simpáticas à oferta brasileira, repensou sua posição, fazendo com que seu apoio fosse abalado e negado. Já a China pensou em aumentar o apoio aos recursos do FMI, fazendo com que a simples compra de títulos da dívida fosse negada.

Por mais uma vez, a tentativa do Brasil inserir-se como um player internacional vai por água abaixo. E, no meu ponto de vista, isto dá-se pela desastrosa política externa brasileira. Tentativa de aproximação com um Irã corrompido por diversas crises, ainda mais com relação ao desrespeito de Direitos Humanos. A eterna tentativa de inserção permanente no Conselho de Segurança da ONU, etc... O que me parece, em todas essas tentativas, é de que o Brasil atira em todos os alvos, buscando atingir algum. Mas está atirando sim, e acertando em questões delicadíssimas, em que o próprio país não está preparado, internamente e externamente, para lidar. Parabéns aos demais integrantes do bloco, com África do Sul e Índia, que preocupam-se mais com sua política interna cada vez mais sólida, do que uma política externa aparentemente forte por fora, mas desastrosa internamente.

Marchas contra a corrupção marcam o feriado de 12 de outubro



No feriado de ontem aconteceram por todo o Brasil manifestações da sociedade civil organizada contra a corrupção. Os manifestantes, que se organizaram através das redes sociais na internet, se vestiram de preto, pintaram suas caras e levaram pras ruas vassouras, simbolizando a limpeza que se deseja fazer com a corrupção, e cartazes com palavras de ordem.

As manifestações não tiveram nenhum cunho partidário, reunindo populares que reivindicam que os governos ajam com mais seriedade e respeito com o dinheiro público, além de punição para os corruptos, que se valem da impunidade reinante no país para escaparem ilesos de qualquer punição e continuarem no poder.

Tais atitudes são absolutamente louváveis, pois só através da pressão e do clamor popular é que conseguiremos as melhorias tão necessárias para o Brasil. Seria bom se o povo também fizesse marchas contra o aumento de impostos, contra o descaso com a saúde e a educação, a favor da reforma política e tantas outras.

É bom ver os jovens de novo nas ruas protestando, defendendo seus ideais e um Brasil mais justo e mais igual pra todos. É bom ver o povo na rua manifestando sua liberdade de expressão e de opinião, que durante tanto tempo ficou suprimida com a ditadura militar e ainda fica suprimida pela ignorância.

É a respeito disso que quero falar agora, a ignorância. Ver o povo na rua protestando contra a corrupção é ótimo. Ruim é ver que também o povo elege os corruptos, que desviam nosso dinheiro e promovem verdadeiros assaltos ao erário. É bom ver o povo nas ruas defendendo o fim da impunidade, mas ao mesmo tempo é ruim ver o mesmo povo que troca seu voto por meia dúzia de tijolos, dois sacos de cimento ou 50 reais.

É claro que os vem às ruas para protestar sabem da importância do voto e procuram valorizar este instrumento soberano da democracia. Mas infelizmente a parcela da população que protesta é pequena. A grande maioria continua refém da ignorância, da falta de cultura e da desinformação. A grande maioria não sabe da dimensão que pode ter seu voto e da importância que ele tem para a construção de um país melhor.

Mas infelizmente o que vai perdurar é a situação da ignorância. Não interessa ao governo dar uma educação de qualidade, emprego e saúde para o povo. É mais fácil mantê-los sob controle com a concessão das bolsas famílias, instrumento legítimo de combate à pobreza e de auxílio à população, mas que deve ser temporário e não um meio de vida como estimula o governo federal. É mais fácil desembolsar 50 reais pra cada um, dinheiro este que já foi desviado dos cofres públicos, impossibilitando a compra de medicamentos, por exemplo, e continuar no poder e depois ainda recuperar o que foi investido na eleição, desviando ainda mais verbas.

Não sou e não quero ser pessimista, mas se a nossa geração não colocar a mão na consciência ainda teremos que aguentar muitos Sarneys, Collors, Lulas, Renans, Jaders, Jucás, Arrudas, Dirceus e tantos outros usando e abusando do nosso povo.



E começam as eleições de 2012

No último dia 7 de outubro terminou o prazo para que os interessados em disputar as eleições municipais do ano que vem troquem ou se filiem a partidos políticos. Serão eleitos no próximo pleito prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o Brasil.

Nossa legislação prevê que as “regras do jogo” já estejam definidas com um ano de antecedência do pleito. Quaisquer alterações feitas em prazo inferior só serão válidas para o pleito seguinte, por isso o prazo fatal para que as filiações ocorressem até o dia último dia 7, pois a próxima eleição é no dia 7 de outubro de 2012.

Estão habilitados para a disputa do ano que vem 29 partidos políticos, sendo dois novatos, PSD e PPL, que nós já falamos de suas criações em posts abaixo. Mesmo assim, tudo indica que a quantidade mais significativa de prefeituras continuará nas mãos de poucos partidos, que são os mais fortes, como PMDB, PT, PSDB, DEM e PP.

Aqui em Teresópolis os bastidores da política indicam que teremos muitos candidatos a prefeito. Pelo menos por enquanto já se mostraram interessados em concorrer ao cargo o prefeito interino Arlei (PMDB), o ex-prefeito Mário Tricano (PP), o médico Dr. Maurilio (PPS), a professora Maria do Rosário (PTB), o ex-prefeito Celso Dalmaso (PSC), o ex-vereador Gerson Ribeiro (DEM), o advogado Nelson Filho (PSDB), o deputado estadual Nilton Salomão (PT) e o prefeito afastado do cargo Jorge Mário, expulso do PT e que ingressou recentemente no PHS.

Os partidos já tem o desenho de suas nominatas para a disputa das vagas da Câmara Municipal, que passarão de 12 para 21 vereadores. Até as convenções partidárias, que se realizarão no meio do ano que vem, restarão as conversas e composições para que se fechem as nominatas para a disputa.

Tudo indica que teremos uma boa disputa, tanto para a Câmara quanto para a Prefeitura, principalmente pela insatisfação demonstrada pela população com a atual composição da Câmara e pela desonestidade e incompetência do governo do prefeito afastado Jorge Mário. Agora é esperar pra ver.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Ministra que quer escrever novela


Charge do Blog do Amarildo.



Não entendeu? Clique aqui.


O governo do PT e a greve

Quando oposição o PT defendia com unhas e dentes o direito de fazer greve e os grevistas. Havia sempre uma bandeirinha do PT e um "cumpanhero" barbudo no meio gritando em defesa do trabalhador. Enquanto governo sabemos que o PT age diferente.

Na semana passada o PT mandou cortar o ponto dos bancários grevistas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O mesmo já havia acontecido com a greve dos Correios, onde o governo já havia mandado cortar o ponto.

Como vemos as teorias do PT quando oposição foram abandonadas quando o partido virou governo. Imagino o PT na oposição como reagiria ao corte no ponto dos grevistas...

Para saber mais sobre o assunto clique aqui.


29 é melhor que 28 ou quanto mais partidos melhor




No post abaixo falei sobre a criação do PSD, o vigésimo oitavo partido brasileiro. Pois bem. Logo depois de autorizar a criação do PSD o TSE autorizou também a criação do vigésimo nono partido brasileiro, o PPL – Partido Pátria Livre. Assim, os dois novos partidos já poderão disputar as eleições municipais de 2012.

Diferentemente do PSD, o PPL nasce sem nenhuma representatividade. Não tem nenhum deputado, senador, governador, nada. É um partido cuja maioria dos integrantes participou do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro). Tal movimento reunia alguns guerrilheiros na época da ditadura. Aquele pessoal que matou, sequestrou e roubou para financiar a guerrilha visando implantar um regime comunista no Brasil.

Pelo jeito será uma espécie de PCO que só existe para receber as verbas públicas e falar besteira na televisão na propaganda eleitoral. Além disso, também nascerá apoiando o PT no governo. Aí fica fácil, né?


E nasce o PSD




Depois de muito barulho e muita polêmica finalmente nasceu o Partido Social democrático, o PSD. Encabeçado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o partido já nasceu com mais de 50 deputados federais, dois governadores, dois senadores, além de vice-governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Durante o recolhimento das assinaturas para que o partido pudesse ser criado houve muita polêmica, como eleitores já falecidos que haviam “assinado” a lista. O PSD encontrou algumas dificuldades na justiça, com outros partidos pedindo a impugnação de sua criação.

O partido mais prejudicado com a criação do PSD foi o DEM. O primeiro surgiu majoritariamente de uma dissidência com o segundo, liderada pelo prefeito Gilberto Kassab, que conseguiu reunir outros ex-colegas do Democratas, que teve uma baixa considerável no número de deputados federais, perdendo também um governador, uma senadora e vários deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Um dos problemas encontrados foi a falta de uma posição ideológica do partido. Seu presidente nacional inclusive chegou a dizer que o PSD não seria de esquerda, direita nem de centro, gerando uma chuva de críticas ao partido recém-criado.

Com o PSD o Brasil possui 28 partidos políticos. A Constituição Federal garante o pluralismo político, mas convenhamos que no Brasil o pluralismo está plural demais. O grande número de partidos mostra a falência do sistema partidário absolutamente fragilizado. Vemos isso com a debandada de políticos do DEM para o PSD usando as mais diversas justificativas, quando na verdade o que se quer é uma aproximação com o governo para conseguir mais verbas, abandonando estrategicamente a oposição.

O PSD nasce um partido governista. Em cada estado da federação o partido apoiará o governo. Uma espécie de novo PMDB. Aqui no Rio de Janeiro o partido tem a frente o ex-deputado e ex-candidato a vice na chapa do Serra, Índio da Costa, que já disse que em 2012 apoiará o atual prefeito da capital, Eduardo Paes. O mais curioso é que Índio combateu veementemente o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na eleição passada. Agora, se aproxima de Eduardo Paes, que tem como padrinho o próprio Cabral. Curioso, não?




terça-feira, 4 de outubro de 2011

E o Rock in Rio não é Copa do Mundo...

Encerrou-se no último domingo mais uma edição do Rock in Rio. O evento teve capacidade para reunir, em média, 100 mil pessoas/dia. Participaram diversos artistas: De Cláudia Leitte a System of a down. De Ivete Sangalo a Metálica.

Está tudo muito bom, está tudo muito bem. A economia do Rio de Janeiro se movimentou. Os hotéis chegaram a 98% de lotação. Turistas injetaram mais de R$ 800 milhões de reais. Só que tinham também nossos velhos problemas! Arrastões, furtos, insegurança, e isto sem falar no caótico sistema de transporte público, que foi uma reclamação quase unânime.

O Rock in Rio é um festival grandiosos, gigante, mas não podemos comparar com uma Copa do Mundo, por exemplo. O Rock é paixão de muitos, e o futebol é quase de todos. O primeiro parou o Rio de Janeiro, enquanto o segundo parará todo o Brasil. Se a infraestrutura do Rio de Janeiro já não deu conta do Rock in Rio, imagina na hora da Copa do Mundo ou das olimpíadas em 2016?

O Rio mostrou que precisa melhorar e muito a sua infraestrutura. Passou da hora do governador Sérgio Cabral parar de voar no jatinho dos seus empreiteiros e passar a governar efetivamente o nosso estado. Passou da hora do prefeito Eduardo Paes governar de verdade a cidade maravilhosa e parar de brincar de ser prefeito. Passou da hora do governo federal investir dinheiro no que realmente é necessário e parar de ficar gastando dinheiro com a propaganda oficial.

O pior de tudo é que na Copa do Mundo haverá um gasto público absolutamente alto. É o meu dinheiro, o seu dinheiro, o nosso dinheiro em jogo. E quanto mais em cima da hora, mais dinheiro, óbvio!

Se a desculpa que se dá para a realização da Copa é que os governos deixarão uma herança para o país, que se modificarão a infraestrutura, a segurança, a educação, tá na hora de mudar a justificativa, porque até agora nada, absolutamente nada disso foi feito.