Começo este texto realizando outra crítica às diversas declarações feitas por nossos governantes. Em 2010, diversos ataques irromperam pela cidade do Rio de Janeiro, conectados por um singularidade: a queima de ônibus de linha. Tais incêndios eram provocados pelos criminosos buscando a intimidação policial e popular. Enquanto os ataques aconteciam, a população temia o pior, e os governantes, especialmente o prefeito Eduardo Paes denominava os criminosos como terroristas. Errado. Isso não é terrorismo. Terrorismo é perpetrado por grupos organizados, muitas vezes comandados por indivíduos de altíssimo intelecto, buscando mudanças ESSENCIALMENTE políticas. Logo, a definição encontra-se equivocada, o que pode provocar um resultado político devastador.
Agora, volto meu ponto de argumentação para a atual crise de segurança pública. Diversas comunidades já passaram pelo processo de pacificação, formatado pelas Unidades de Polícia Pacificadora, as UPP's. E o discurso sempre é o mesmo: "O Estado volta ao território". O que o caro leitor entende de tal frase?
Tudo bem, tais regiões passavam por uma crise de segurança sem precedentes. Porém, o Estado nunca esteve presente? Sim, nunca. A segurança da região, mesmo que não confirmado, era de responsabilidade dos criminosos, de forma a manter a própria polícia longe da região. A saúde? Praticamente inexistente, já que as primeiras unidades da UPA surgiram apenas depois que determinadas comunidades foram pacificadas. Educação, nem sobre isso posso afirmar. Então, de fato, o Estado não estava presente em tais comunidades.
Porém, qual a obrigação do Estado? Garantir proteção, segurança, moradia, educação e liberdade à sua população. Logo, se o PRÓPRIO Estado afirma que não se encontrava em tais comunidades, o Estado portanto, se encontra falido? Se a responsabilidade PRIMA do Estado é essa, e Ele não a assegura, ele está falido! O Estado brasileiro está falido, pois não tem controle de regiões específicas, as quais deveria controlar e monitorar com maior carinho.
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