quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Brasil pediu concordata?

 Começo este texto realizando outra crítica às diversas declarações feitas por nossos governantes. Em 2010, diversos ataques irromperam pela cidade do Rio de Janeiro, conectados por um singularidade: a queima de ônibus de linha. Tais incêndios eram provocados pelos criminosos buscando a intimidação policial e popular. Enquanto os ataques aconteciam, a população temia o pior, e os governantes, especialmente o prefeito Eduardo Paes denominava os criminosos como terroristas. Errado. Isso não é terrorismo. Terrorismo é perpetrado por grupos organizados, muitas vezes comandados por indivíduos de altíssimo intelecto, buscando mudanças ESSENCIALMENTE políticas. Logo, a definição encontra-se equivocada, o que pode provocar um resultado político devastador.
Agora, volto meu ponto de argumentação para a atual crise de segurança pública. Diversas comunidades já passaram pelo processo de pacificação, formatado pelas Unidades de Polícia Pacificadora, as UPP's. E o discurso sempre é o mesmo: "O Estado volta ao território". O que o caro leitor entende de tal frase?
Tudo bem, tais regiões passavam por uma crise de segurança sem precedentes. Porém, o Estado nunca esteve presente? Sim, nunca. A segurança da região, mesmo que não confirmado, era de responsabilidade dos criminosos, de forma a manter a própria polícia longe da região. A saúde? Praticamente inexistente, já que as primeiras unidades da UPA surgiram apenas depois que determinadas comunidades foram pacificadas. Educação, nem sobre isso posso afirmar. Então, de fato, o Estado não estava presente em tais comunidades. 
Porém, qual a obrigação do Estado? Garantir proteção, segurança, moradia, educação e liberdade à sua população. Logo, se o PRÓPRIO Estado afirma que não se encontrava em tais comunidades, o Estado portanto, se encontra falido? Se a responsabilidade PRIMA do Estado é essa, e Ele não a assegura, ele está falido! O Estado brasileiro está falido, pois não tem controle de regiões específicas, as quais deveria controlar e monitorar com maior carinho. 

                                                                                                                                                                Danilo Galvão

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